×

Martin Luther King: O que me incomoda não é o grito dos maus, e sim o silêncio dos bons

30/3 Martin Luther King: O que me incomoda não é o grito dos maus, e sim o silêncio dos bons

Nos quesitos desordem, roubalheira, privilégios, nepotismo, foro privilegiado, impunidade etc, o Brasil é um grande exemplo para o mundo. Na terra do Pau Brasil, onde nem tudo Caminha, viu! Bandidos que se tornaram políticos nas três esferas (municipal, estadual e federal) roubam a Nação, desdenham da paciência do povo, ficam milionários, fazem conchavos e maracutais para se elegerem e se reelegerem, compram votos, ficam impunes pelos crimes praticados, não experimentam a solidão das celas. Tem algum político que se envolveu no episódio do Mensalão, preso? Nesta terra, os bandidos que se tornaram políticos desfrutam de tantos escandalosos privilégios que até os marajás que residem em Dubai e no Marrocos sentem inveja deles. Empregar parentes e amiguinhos (e até funcionários fantasmas) em repartições públicas e em gabinetes é uma prática tão comum entre os mesmos que já admitem que isso faz parte da rotina política brasileira; e que não podem viver sem ela. Acobertados pela maldição do Foro Privilegiado eles roubam à vontade, fazem conchavos com empresários e empreiteiras, praticam caixa 2, caixa 3, caixa 4, caixa 5, caixa n, porque sabem que os processos contra eles vão para as prateleiras do Supremo Tribunal Federal (STF) e ficarão lá cobertos de poeira e teia de aranha durante muitos e muitos anos. Para que serve o STF? Enquanto os garimpeiros (os bandidos que se tornaram políticos) levam o ouro e a prata da Nação: menos saúde, menos educação, o desemprego em massa, a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a falta de segurança em todas as cidades brasileiras, o crescimento alarmante da violência e da prostituição, o tráfico de drogas destruindo a juventude, a desordem, o caos. Mas, enquanto os maus gritam e roubam, os bons se calam; aceitam passivamente a situação vigente. Não reagem; não vão às ruas; não vão às praças. Calam-se. Os bons só tem energia (e que Energia!) para festas e para lotarem estádios de futebol. Os bons do Rio de Janeiro dão um exemplo clássico de covardia, de omissão e de alienação. Não obstante o Rio de Janeiro está quebrado, falido, endividado, desmoralizado, destruído, sem recursos para pagar a maioria dos servidores, os bons que residem lá fizeram um carnaval criativo e pra lá de animado de primeiro de janeiro a cinco de março. Martin Luther King, atualíssimo! Até quando?

Professor Jorge Barros

UESB - Campus de Jequié

Contador de Cliques


Deixe um comentário:



Captcha